Segundo o Dicionário Aurélio: Indivíduo que sofreu naufrágio; Infeliz, decadente, arruinado; Que naufragou.
Hoje me dei conta de como o mundo destrói a sua auto-estima, como as exigências de trabalho para que você seja uma pessoa de aparência mais “clássica” e bonita te desconstroem aos poucos, como comentários negativos vindos de pessoas pelas quais você se importa podem te levar ao chão em poucos segundos e principalmente me dei conta de que elevar esse estado é mais difícil do que parece. Não adianta você mudar por fora, não adianta maquiagem, cabeleireiro, manicure, esteticista ou academia, não adianta tentar ser outra pessoa porque quando você olha no espelho ainda é a mesma, ainda não vê a beleza que achava que tinha, só enxerga essa pessoa de olhos fundos, gorda, cabelos cacheados e desgrenhados, enxerga uma tristeza aparente apenas pra você, enxerga uma vida sem apego a belezas e pensa que isso é algo bom, tenta se enganar que deixou o apego em relação às aparências pra lá, talvez seja isso, mas junto com ele você morreu lentamente ante toda sujeira dos padrões sociais, você deixou que alguém te desse a alcunha de feia, estranha, esquisita, gorda e deixou de ver a beleza que via antes, hoje você olha no espelho esperando que ele não te reflita, esperando não ver-se, mas se vê e vê um vazio estranho nos olhos de quem um dia não se importou com as opiniões alheias.